Com mais de 57 mil eleitores, a cidade de Rio Largo, na grande Maceió, carrega consigo uma triste sina das gestões municipais maculadas pela falta de zelo, pela corrupção e as falcatruas.
O episódio que agora envolve o prefeito Gilberto Gonçalves (PP) e a investigação da Polícia Federal na Prefeitura por desvio de recursos, é apenas mais um entre tantos outros que envergonharam a cidade e sua população.
Isto é, envergonha em termos por que o eleitorado de Rio Largo vive a repetir os mesmos erros de sempre, sem a menor preocupação com a postura digna que um gestor deveria ter e muito menos com o futuro do município.
Só para refrescar a memória da população e seu eleitorado, basta dizer que desde 1970, o município sofre as consequências de gestões desastrosas.
Em 70, o então prefeito “Mário Vaca”, semi analfabeto, foi preso por corrupção. De lá para cá, quase nada deu certo na cidade do ponto de vista da lisura com o dinheiro público. O prefeito preso embarcou na onda dos espertos, amargou a prisão e morreu pobre.
Um hiato: na administração pública de Rio Largo o nome que conduziu a gestão sem atropelos, nos anos 80, foi o prefeito Tonhão. Depois dele, foi mesmo um Deus nos acuda.
Rafael Torres (já falecido) Toninho Lins (filho de Tonhão), Vânia Paiva e Doutora Eliza, todos tiveram problemas na justiça pela mesma causa: a corrupção.
Está devidamente registrado na história.
Em 2012, o caso mais escandaloso envolveu o jovem prefeito Toninho Lins, então PSB. Ele foi preso e levou consigo para atrás das grades os 10 vereadores do município.
Gilberto Gonçalves, que tem a filha Gabi Gonçalves, como candidata a deputada estadual, segundo as informações, atua na gestão como um verdadeiro imperador. Por isso mesmo a filha tem uma estrutura de campanha capaz de fazer inveja a qualquer veterano da Assembleia Legislativa.
Em tempos de orçamento secreto, mais ainda.
Alguém poderia dizer que a terra rio-larguense carrega consigo uma triste sina que, obviamente, não enobrece sua gente.
Mas, isso não é sina mesmo. É a vontade do povo que vota lá.
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