Na presença do seu advogado, Jammesson Alves; Ailton José de Souza, o Barrão, de 46 anos, recebeu a nossa reportagem no primeiro andar da casa verde onde mora com a esposa e o filho num dos bairros de Murici, município da Zona da Mata alagoana para falar sobre a execução do esportista Jean Guedes.
— No dia em que Jean foi assassinado eu me deslocava para São Miguel dos Campos, onde reside minha mãe para participar de seu aniversário de 97 anos quando fui informado por amigos do zap da morte do esportista", conta Barrão mostrando imagens de uma câmera de videomonitoramento onde ele aparece conversando com o dono do estabelecimento à distância.
Barrão diz que a acusação sobre sua suposta participação no crime se deve a irmã da vítima, Renata Guedes que reside em Murici e que foi informada por parentes que moram em União dos Palmares.
"Ela disse nos autos que Barrão teve participação no assassinato de seu irmão por ouvir dizer, supostamente e cita que a vítima teve uma discussão áspera com Jean numa partida de futevoley em Murici. O meu cliente jura nunca ter ocorrido essa desavença até por que os dois sempre foram amigos", justificou o advogado Jammesson mostrando trechos do inquérito que tramita na 3 ª Vara Criminal em União dos Palmares.
— Conseguir provar a inocência do Ailton anexando aos autos imagens onde prova que ele estava indo para São Miguel dos Campos bem como depoimento do pai da vítima, o Biu Atalaia, que também foi alvo de disparos de arma de fogo no momento em que seu filho foi assassinado. No vídeo enviado ao delegado, seu Biu Atalaia cita dois nomes e não descreve a presença do meu cliente no cenário do crime. Ele poderia muito dizer: Foi o Barrão!", disse.
Ailton José de Souza tenta aos poucos recomeçar sua vida na cidade de Murici. Durante a entrevista ele liberou áudios dos amigos que apostam na sua inocência a exemplo do motorista da Van que o conduziu até São Miguel dos Campos, cidade onde sua genitora reside.
No dia em que foi preso, Barrão disse que recebeu um telefonema do chefe da guarnição da Polícia Militar dizendo que em seu desfavor existia um mandado de prisão e perguntou onde eu me encontrava. Foi então que Ailton revelou que se encontrava em São Miguel dos Campos e marcou encontro na rodoviária da cidade onde foi preso e levado para o CISP de Murici.
Quanto a Paulo Roberto dos Santos, principal acusado no crime de Jean Guedes, Ailton não citou seu nome durante a entrevista e disse apenas "conhecê-lo por ser membro da Guarda Municipal de Murici e que tem contato com muita gente em função de sua atividade profissional".
Ailton José Souza foi liberado graças a uma decisão do juiz Lisandro Suassuna que decretou sua prisão temporária e que não a transformou em preventiva.
Por outro lado, Paulo Roberto dos Santos teve esta semana decretada a sua prisão. Ele segue como fugitivo da Polícia já Wellington Batista dos Santos, outro acusado de ter participado do crime, ele pediu demissão da GCM de Murici e deixou à cidade.
Ailton José de Souza, o Barrão: diz ser inocente no crime de Jean
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