A próxima eleição de deputado federal em Alagoas é considerada, desde já, como a mais difícil da história. Isso no cenário atual, com 9 vagas. E agora com o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a redução para 8 vagas na representação do Estado na Câmara dos Deputados será ainda mais acirrada.
Dos atuais 9 deputados federais todos têm amplas chances e reeleição. Todos, exceto Paulão do PT. Ele já avisou que será candidato ao Senado no próximo ano. Depois de vários mandatos consecutivos, como vereador de Maceió, deputado estadual e deputado federal, o petista quer fechar a carreira num novo patamar. É tudo ou nada.
Os outros deputados têm alta probabilidade de reeleição:
A vaga de Arthur Lira (PP) deve ser herdada pelo filho, Álvaro, caso ele de fato seja candidato ao Senado.
Ainda no PP, Marx Beltrão, Daniel Barbosa e Fábio Costa também tem grandes chances de reeleição. Tudo indica que farão um grande “chapão” na federação com União, que provavelmente terá Alfredo Gaspar disputando a reeleição. É chapa, com essa composição, para fazer de 3 a 4 pelo menos.
No MDB, Rafael Brito e Isnaldo Bulhões Junior também tem grandes chances de reeleição. O partido trabalha para ampliar, com nomes fortes, especialmente de mulheres e tem tudo para conquistar a terceira vaga.
O PSD tem Luciano Amaral que vai para a campanha com força ainda maior do que na eleição anterior, devendo se reeleger como um dos mais votados do Estado.
O PT deve montar chapa de federal, mas sem Paulão terá dificuldades de conquistar uma vaga.
Não será uma disputa fácil. Alguns nomes com base e densidade eleitoral estão em busca de entrar no seleto time da bancada federal, mas vão depender de composições para montar chapas, podendo ser uma opção a migração partidária.
O ex-deputado federal Nivaldo Albuquerque é um nome forte, tem bases e tem partido – o Republicanos. Nas eleições de 22 ficou de fora por poucos votos. Na próxima poderá ser eleito se conseguir montar uma chapa competitiva ou se for para outra legenda.
Gustavo Lima, Tereza Nelma e Silvânia Barbosa também estão na disputa e com chances, especialmente se forem para o MDB, onde a terceira vaga pode ser feita por um candidato de 50 mil votos.
Nesse cenário de disputa acirrada, a “surpresa” pode vir do grupo do prefeito João Henrique Caldas, o JHC (PL). O ex-deputado João Caldas, pai dele, continua circulando bem na capital e interior e tem a seu favor o fato do filho poder ajudar a estrutura do município para ajudar na sua eleição.
Se JHC decidir lançar o pai, dando a carga necessária João Caldas pode ser um dos poucos, senão o único sem mandato a conquistar vaga de deputado federal no próximo.
ano. Tudo vai depender da estratégia.
Se os Caldas decidirem montar chapa como fizeram em 22, terão que calibrar melhor a mão. Mas tudo indica que desta vez eles poderão buscar uma composição mais favorável em outro partido, até porque JC tem chances reais de se eleger federal. Mas essa é outra história.
João Caldas, virtual deputado federal, de acordo com formadores de opinião
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