A provável candidatura de Marina Cândia ao Senado em 2026 ganhou repercussão na coluna de Lauro Jardim, em O Globo, uma das mais lidas do país, com a informação de que a primeira-dama de Maceió vem sendo testada em pesquisas eleitorais. E, além disso, que iniciou uma movimentação pelo interior do Estado, como parte da preparação para uma eventual disputa majoritária.
Segundo a publicação, Marina aparece em levantamentos distintos com bons desempenhos. Em uma pesquisa do Paraná Pesquisas, surge atrás de Renan Calheiros e Arthur Lira; em outra, do Instituto Alfa Inteligência, lidera as intenções de voto, superando o senador do MDB. A leitura é que seu nome passou a ser tratado apenas uma especulação de bastidores.
Empresária, influenciadora digital e com mais de 420 mil seguidores no Instagram, Marina começa a percorrer um terreno ainda pouco conhecido para ela: o interior de Alagoas. Nos últimos meses, visitou mais de dez municípios, buscando ampliar seu grau de conhecimento fora da capital. Embora conte com a força da marca JHC em Maceió — onde o prefeito mantém elevados índices de aprovação —, Marina ainda é pouco conhecida e pouco influente no interior, o que exigiria uma campanha diferente em outras cidades.
Dentro do grupo político do prefeito João Henrique Caldas, Marina surge hoje como o principal nome para uma disputa eleitoral em 2026, seja para o Senado ou para a Câmara dos Deputados. A própria coluna de Lauro Jardim destaca que ela ainda não tomou uma decisão sobre qual cargo disputará, mas já se prepara para ambos os cenários.
O crescimento de Marina como opção eleitoral, ao mesmo tempo, aumenta o dilema de JHC. O prefeito é cotado para disputar o governo do Estado contra o ministro Renan Filho, mas já avisou que dificilmente abrirá mão de manter a vaga do Senado hoje ocupada por sua mãe, Eudócia Caldas. Nesse contexto, apoiar a candidatura de Marina ao Senado, permanecendo na Prefeitura até o fim do mandato, surge como uma alternativa mais segura. Uma saída antecipada do cargo para disputar o governo envolve riscos elevados. JHC poderia perder o Palácio República dos Palmares e, simultaneamente, ver a mulher fracassar na disputa pelo Senado.
Permanecer no cargo, por outro lado, permitiria a JHC usar o peso político da gestão municipal para fortalecer a candidatura de Marina, especialmente na capital, onde a influência do prefeito é mais consolidada.
Comentários